quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Os Sextos

Como quem olha o horizonte
nada contempla em verdade
'stá meu ser seguindo onde
não se atém a realidade

voa, em círculos de círculos
e se se enxerga não há
diferença entre um vínculo
e o desfazer-se no ar

a forma do seu rosto
seu sorriso de marfim
e este meu sorriso torto
e o que mais ficou de mim

cristaliza-se absorto
sob a face intrincada
de um poema não exposto
no meu ser, no ar, no nada

ou paisagem que ficou
perdida entre os espaços
da memória e além da cor
não há contorno ou um traço

...

e onde você esteve
enquanto o nimbo encobria
minha luz então já breve
de ser na sombra dos dias?


não, não há, amigos, redenção.
não, onde não há pecado
também não existe o perdão.

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