Voltar aos vales de Lemnos
À voz de Tétis e aos campos férteis
Ecoando a canção periódica
Pelos dias de cultivo e água
Desprezaram-te os olhos
Todos teus irmãos já mortos
E apenas de ti algo nos ficou por deus
Quando morrem os deuses
Mosaico de humanidades
Tanta coisa se espalha
E por vezes sobra alguma
Vem de Lemnos ainda aquele som circular
A que se acostumou a mente e
Nem percebe mais o ouvido?
Ajuda-me, Senhor, a conseguir
Quando já nem importa se não é
O que não sinto e não sei mas
O que não vejo pois o mundo é de olhos
Ajuda-me a gastar e amalgamar-me à terra
repetidamente, dias e dias exaltando
A criatura por seu criador para
Pela noite poder tatear
Alguma imagem mais sólida
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