Queime lento, meu cigarro
pois a noite virá morta
ao que discirno e separo
soma-se um silêncio à porta
silêncio de todos os astros
num apagar lentamente
tornando adorno o arado
em mero símbolo a semente
em abstração geométrica
a linha de estrela à estrela
opacas à minha janela
mas eram contorno das deusas
-"O dourado das tiaras".
-Essa parede amarela.
um eu por deus que não basta
recorre à memória dElas:
"Já foste bela, doce Circe
Trouxeste o pão, antiga Artêmis"
Mas nenhuma de vós existe
e vai longe o tempo
do homem que teme
e já nada nos vale
e já nada nos vale
porque nada nos prende
As novas de futura espada chegaram
seu rumor não se percebe
pela imagem no presépio
pela imagem no presépio
Perdoai-nos, Paulo, mas "Grande
É a Diana dos Efésios!"
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