segunda-feira, 11 de abril de 2016

MEDITAÇÕES DO FIM DA TARDE

[..]

Sim, to direi o que é preciso.
uma dor suave e constante
a amarelar o sorriso.


Uma pontada repentina
que a ti revele humilhante
a cada cinco ou seis esquinas.

Um peso a levar ao mergulho
o queixo no seguinte instante
ao nascimento de um orgulho.

Como o despontar de um siso,
isso comprimindo teu ser
e perpetuando tua fome,

aguenta alguns anos disso
e então poderás dizer
"agora sim sou um homem".

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