quem é triste
sem o saber
Encontra-se caminhando e admite
também triste
que talvez o movimento
não defina o ser
Aceito
em calma e carne quem,
na fala rígida dos ângulos retos de um quarto
ou
na distribuição imparcaótica
das corespétalas pendentes
pelas cercas,
mudo descobre,
se descoberta é,
que tantas formas há de haver deus
equivalentes a deus algum
(e que
o "não haver deus
é um deus também")
e então busca neste deus triste
uma maneira de reconhecer-se ao espelho.
Admiro
quem não se sente grande ao perdoar
por tanta sinceridade há na estupidez e amo
amo amo amo e amo
o que se cala ao perceber
o quanto enfim sucumbe o dito
ante a força imperiosa da linguagem
e mais e tanto e ainda
a quem não se trincaram os dentes
na exegese prematura das feridas
porquanto
segura-me a primeira mas
as outras letras desta flor
não me alcançaram
mudo descobre,
se descoberta é,
que tantas formas há de haver deus
equivalentes a deus algum
(e que
o "não haver deus
é um deus também")
e então busca neste deus triste
uma maneira de reconhecer-se ao espelho.
Admiro
quem não se sente grande ao perdoar
por tanta sinceridade há na estupidez e amo
amo amo amo e amo
o que se cala ao perceber
o quanto enfim sucumbe o dito
ante a força imperiosa da linguagem
e mais e tanto e ainda
a quem não se trincaram os dentes
na exegese prematura das feridas
porquanto
segura-me a primeira mas
as outras letras desta flor
não me alcançaram
Nenhum comentário:
Postar um comentário